terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

“Atrás das cabines”

Por Rodrigo Reys

Passei dois dias sem internet em casa, tive então que apelar para os cybers, e nesse meu percurso por eles, pude perceber a realidade dos Cybers e Lan Houses de Imperatriz

A maioria não são regulamentados. Surgem do nada. Quatro computadores é o suficiente para se montar um cyber. E os perigos rodam esse espaço virtual. Qualquer pessoa pode ir lá e fazer transações em dinheiro, mexer em contas alheias, e sair tranquilamente como se nada tivesse acontecido. Afinal, não se é registrado o nome, endereço e telefone da pessoa que freqüenta o local. O importante para alguns proprietários é a “grana”. Um real ou um e cinqüenta, e as portas estão escancaradas. Não foi à toa, que há tempos atrás foram presos vários hackes imperatrizenses.

Além disso, em alguns cybers, principalmente os localizados em bairros pobres, a situação é alarmante. Nem o ambiente é saudável, a iluminação é pouca, os computadores são velhos, desgastam a visão. Pior que isto, é que alguns deles ainda cultivam aquela cabine fechada. Só Deus pra saber o que os jovens e as crianças fazem lá por trás. Repito, as crianças estão lá, apesar do Estatuto da Criança e Adolescente proibir o acesso para menores de 12 anos. Porém, é visível, que partir dos 5 anos elas já estão participando de jogos virtuais. E eu quero acreditar que seja só isso!

Voltando à cabine, o histórico dos PCs revela um pouquinho do que só Deus sabe: Pornografia de tudo enquanto, fotos, vídeos, contos eróticos e em todos os gêneros: hetero, gays e lésbicas. Deixo claro que há cybers nessa cidade totalmente vigilantes com isso. Mas, infelizmente são poucos e geralmente localizados no centro da cidade.

Com tanta liberdade, essa nova juventude corre ainda o risco de se tornar “doentes da net”, o que já é uma realidade fora do país, com tratamento em várias clínicas. E que isso também sirva de alerta para os que têm computador em casa. Pois, os viciados em internet, segundo os especialistas, costumam entrar em um círculo vicioso, já que a perda de auto-estima cresce na medida em que aumenta o vício, o que, por sua vez, eleva a necessidade de fugir da realidade e se refugiar na rede.

Mas nem tudo é “trevas”. Ao menos todos os cybers fecham às 10 horas da noite. Está acabando aquele negócio de Corujão! Amém. Contudo, isso se deve ao fato dos altos índices de assaltos. Em algumas cidades do Brasil, os problemas já estão sendo solucionados com a presença da Lei. Aqui em Imperatriz, resta-nos aguardar à posição das autoridades competentes, antes que nossos jovens e crianças se tornem “doentes da net”.




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